Prefeitura de Belém acolhe novos estagiários para fortalecer inclusão educacional

Dezenas de alunos de graduação, matriculados em diversas licenciaturas, foram acolhidos pela Prefeitura de Belém, na tarde desta terça-feira, 2, para que atuem junto a estudantes com deficiência na rede municipal de ensino. A inserção dos estagiários no serviço público é um processo contínuo, desenvolvido no intuito de garantir a inclusão no sistema municipal de ensino. 

As secretárias municipal de Educação, Araceli Lemos, e de Administração, Jurandir Novaes, junto com suas equipes, estimularam os universitários a abraçar o novo compromisso com o mesmo afeto e responsabilidade que a Prefeitura tem oferecido. Todos recebem acompanhamento técnico-pedagógico ao longo da vigência contratual. 

A Prefeitura de Belém conta com cerca de 800 universitários distribuídos nas secretarias e órgãos municipais. A Semec é a secretaria que concentra mais de 60% deles, especialmente após os momentos mais severos da pandemia, já que aumentou a procura por matrícula na rede pública municipal.

Processo responsável e afetuoso

Jurandir Novaes reitera que tem sido feita uma busca afetiva e ativa mais intensa por estagiários neste início de ano, o que é desafiador para a administração. “É um momento novo”, explica a secretária de Administração.

Ela ressalta, que toda a política de valorização começou na própria escola sede do Centro de Referência em Inclusão Educacional Gabriel Lima Mendes (Crie), que foi todo recuperado.

“Ele tem idas e vindas, porque os alunos se movem dentro dessa experiência, que envolve vários agentes, como a Semad – como coordenadora desse programa Jovens do Futuro, para inclusão de estudantes na administração pública em todas as áreas. Mas, cresceu muito a demanda pelo atendimento individualizado na rede de ensino. Então nos exigiu um ritmo acelerado e cuidadoso”, esclarece Jurandir Novaes.

A mediação do processo d contratação dos estagiários é feita pelo Centro de Integração Empresa-Escola (Ciee). “Nos dá segurança do cumprimento de todas as regras. O estudante tem seguro, vale-transporte, bolsa”, descreve Jurandir Novaes. 

Já no ingresso, efetivamente, destes universitários há outros desafios a serem vencidos. “Para outras áreas, ele é mais rápido, porque o trabalho de adaptação se dá com ingresso. Já quando é voltado para o Crie, requer uma capacitação mais demorada, tem uma adaptação dos alunos”, justifica Jurandir.

Ainda assim, a secretária reafirma: “Esse é um compromisso que o prefeito Edmilson Rodrigues assumiu e está cumprindo, com as mães, com os pais”.

Trabalho contínuo

“É o momento de responder de forma afirmativa, assertiva o compromisso assumido pelo prefeito com a verdadeira inclusão das nossas crianças. Podemos dizer que hoje nós temos quase 400 estagiários contratados só na rede municipal de educação. Ainda precisamos de mais e vamos contratar mais”, afirma a secretária de Educação, Araceli Lemos.

Foi realizada a roda de conversa com os estagiários, complementa a secretária, para mostrar o que significa este momento na vida deles, que é de grande aprendizado.

Há uma peculiaridade no serviço público que enriquece a formação destes estagiários, destaca Araceli. “É lidar com a diversidade dos territórios de Belém. Têm escolas de ilhas, escolas distantes do centro…”, enumera.

Expectativa

Maria Glafira da Costa Rodrigues foi à reunião acompanhada do pai. Ela tem 19 anos e estuda Licenciatura em Letras-Português, na Ufra. “Estou bastante ansiosa pra aliar o que a gente aprende na teoria com a prática”, revela a jovem.

“Incentivo minha filha a começar desde cedo a ter experiência. E desde os 15 anos ela dá aula. Então ela vai aprender e vai contribuir”, aposta o servidor público Orivaldo Rodrigues, de 55 anos.

Sensibilidade

Giovana Souza, técnica-pedagógica do Crie e gestora interina, relata as especificidades dos estudantes da rede municipal. “São estudantes com autismo, com deficiência intelectual, com mobilidade reduzida. Por isso, nós temos que oferecer formação para os estagiários que ingressam na rede”, relata. E são estudantes de todas as faixas etárias matriculados na rede: crianças, adolescentes, adultos, idosos.

Ela explica que a professora Tatiana Maia dialoga, constantemente, com as famílias e escolas os melhores meios para promover a inclusão dos estudantes.

Vagas abertas

Universitários de qualquer licenciatura ainda podem procurar por vagas – de 2ª a 6ª, de 8h às 17h – pelo número 91-98486-2305.